terça-feira, 14 de setembro de 2010

Minha alma

Estava deitada no chão, com os abraços abertos como se quisesse abraçar o mundo. Vestida apenas pela nudez, seu corpo estava ali, sua alma não.
Sua alma estava em outro lugar, vagando pelos becos de sua própria cabeça, ela estava perdida em seu próprio labirinto, estava perdida em seu próprio beco sem saída.
Eu, na verdade. Eu estava perdida em mim, perdida dentro de minha confusão, perdida pelos caminhos que minha mente traçava.
Minha alma havia saído do meu corpo, ele continuava lá no chão frio, mas minha alma, ah minha alma estava quente, quente e leve. Quente, leve e se sentindo livre. 
Se sentindo livre para encontrar algum sentido.
Minha alma sobrevoa o limite da lucidez, se joga em um abismo de loucura. Minha alma gosta de se perder, ela faz isso a todo momento.
Minha alma gosta de brincar com si mesma, gosta de perder a razão, gosta de tudo que é irreal na medida certa para ser encantador.
Minha alma agora ultrapassou o limite da lucidez, agora ela dá voltas em si mesma, dança em volta daquele corpo no chão, dança como se estivesse livre de si mesma.
Minha alma me liberta, e canta uma canção qualquer. Minha alma faz do vento uma canção qualquer.
Minha alma tenta fugir de mim, mas não consegue. Faz tudo o que quer fazer mas no final ela sempre volta

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