sexta-feira, 12 de novembro de 2010

...

O dia em que eu descobrir o porque me afasto tão drasticamente das pessoas eu acho que estará completa minha missão na terra. 
Talvez faça um bom tempo que não sei manter conversas que durem mais de 10 min. Talvez já faça algum tempo que eu não olhe mais o relógio quando acordo de madrugada sem saber em quem pensar.
Talvez, ainda falte algum tempo para que eu chegue ao ponto em que tenham que me internar em algum hospital psiquiatrico.
Talvez simplesmente nada mais esteje como eu quis um dia.Talvez as pessoas simplesmente não te entendam, elas querem que você sorria, e mostre que tudo esta perfeito, enquanto você passa o dia com alguns livros, algum filme que talvez nem se preste atenção, mais pelo menos se tem alguma noção de que pessoas as vezes falam, ao contrario de você mesmo é claro.
Você se pergunta... É errado fugir? porque se for... eu sempre fiz isso.
É um dom natural meu, conseguir fugir de qualquer situação que seja desconfortável. Só que eu me encontrei em um dilema, aonde todas as situações começaram a se tornar desconfortáveis, e você se pergunta, o que você fez da vida e a resposta vem ali, nada; exatamente nada.
Você se tranca, se fecha em um mundo só seu, para se machucar cada vez menos, sendo que o menos as vezes se torna mais.
Se alguém fala, você diz um "shiiiiiiii" baixinho, esperando que isso resolva.
Mais não, elas ainda continuam falando, e porque eu me pergunto, pois isso não adianta de nada. Também me pergunto as vezes,como eu vim parar aqui, e pra onde... pra onde eu vou fugir se me der vontade de chorar no ombro de alguém ?
Talvez um anjo alto de semblante branco me carregue nas costas para que eu veja o mundo de uma certa altura.
Talvez um anjo toque para mim algo, para que talvez eu cante, ou simplesmente fique muda, escutando aquela melodia.
Talvez um anjo me abrace quando eu chore, não atenda ninguém, simplesmente me olhe beije minha testa e me diga obrigado.
As vezes eu os afasto, e isso me mata as vezes, eu não compreendo ainda que não consigo as vezes andar sem eles, isso me machuca, se sentir inutilmente frágil, dói. E como dói!
As palavras vão faltando, porque você não é nenhuma Clarisse Lispector ou outro grande escritor para ter palavras para todas as horas...
Então sussurro baixinho, "shiii" para meus pensamentos e espero, rezo para que eles me escutem. 
Antes que eu saia correndo daqui, para procurar um lugar aconchegante para deixar os pedaços que ainda restam aqui dentro do peito.
                           

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Não sinta nada

  Não sinta nada. Apenas sorria. Você está sentindo algo. De não sentir nada. Nada de sentir. Nada de ser você. Existe coisa mais importante que você? Não. Você de ser não faz toda. Toda diferença! Portanto se deixe levar por você. Em caminhos tortuosos. Uma hora você chega lá. Não importa onde. Tortuoso de ficar reto. Caminho tortuoso de ser longo. E daí? Longo de ser curto. Caminhos.
                           Apenas não sinta nada.
                           Você faz essa estrada.
                            Você faz essa vida.
                             Você faz sua vida.
                                Portanto pule. Chore. Ame. Pise em falso. Falso de concertar novamente. Dance. Se ame. Diga coisas impensadas. Que se formam pensadas. Alguém pode estar precisando de você. Lute. Corra atrás. Você é a diferença. Seu sentimento faz você. Abre os braços e beije a si mesmo. Quer beijo melhor?
                                Se beije de não sentir nada. Não sinta nada. Chegou sua hora. De realizar seus sonhos. Sinta isso. De não sentir nada.

where is the love ?

 
 
 
Ela era loira, alta, olhos claros, pele clara, uma aparência gélida, parecia cansada, com umas olheiras profundas e mesmo assim seu semblante era encantador... A avistei sentada num dos bancos da praça, cabisbaixa, aparentemente perturbada. Aproximei-me receosa, não sei o quanto isso poderia ser bom ou não e com calma para não assusta-la perguntei se estava tudo bem. Ela me disse que havia perdido algo muito importante, e chorava, chorava muito. Então a questionei. Afinal o que seria tão importante assim a ponto de fazê-la despencar daquela forma? Entre lagrimas e um meio sorriso ela disse:

A - Perdi a coisa mais importante desse mundo moça. O amor. Você conhece?

B - Não...

                                            Levantei e parti. Pensei em voltar, mas depois da despedida voltar é quase tão mais doloroso do que ter que ir

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

eu sinto saudades

Lembra quando eu era criança? Uma vez você chegou a me alertar que eu não deveria andar sozinha e que era perigoso. E teve algum tempo que eu fiquei realmente brava por você ter me deixado andar sozinha por tanto tempo, como se tivesse me abandonado em um mundo tão ordinario como esse, só que a algum tempo, eu vi que não me deixastes sozinha.... Toda vez que olho no espelho sinto que tem pedaços de ti em mim... Quando olho me vejo sorrindo e assoviando pela casa, cantando alegremente, sinto quando você estava feliz, naqueles domingos de verão... Eu sinto que és meu anjo me guiando pelos caminhos da vida, sinto que lês tudo o que escrevo, que me abraças quando estou com medo, e ainda assovia patience... Sei que por mais que eu pense estar sozinha sempre vai estar em meu coração... Lembro que a gente passou por muitos momentos dificeis na vida, e que você me ensionou que o amor poderia superar qualquer coisa. Quando eu morrer e algum anjo me perguntar qual a coisa que eu mais gostei no mundo eu vou dizer que foi da sua alegria. Queria ser tão fortemente forte como o Sr. era.... E aposto que é ainda, pois não deve ser facil ser meu pai independente da onde esteja... Eu ainda me sinto aquela menina que sentava no balanço até a hora do Sr chegar em casa com aqueles dadinhos que eram balas doces e gostosas... ou aquelas balas que tinham gosto de maracuja, me pegar no colo e brincar de avião enquanto entrava pela casa.... Lembro nitidamente os latidos dos cachorros... E uma das lembranças mais bonitas, foi quando a Lessie morreu, eu sempre soube que fez de tudo para salva-la, desculpe-me por chorar papai >.< E sentado do meu lado na porta da entrada da casa, olhando as estrelas me disse que aquilo aconteceria com todos, mais isso não queria dizer que alguem deixava de existir... e se algum dia acontecesse contigo, as estrelas iriam me mostrar os passos que você deu estando do meu lado durante o dia, e quando sentisse saudade, você estaria lá em cima, olhando pra mim todas as vezes que eu a visse. E você me abraçou assoviando patience.


Eu so queria dizer antes que me esqueça, que semre olharei as estrelas e terei certeza que estas do meu lado.

Defeitos

Mais uma manhã, que horas devem ser? - olha no relógio - Mas no que adiantaria saber que horas são se  isso não resolveria meu problema com os ponteiros do relógio sempre caminhando cada dia mais rápido.
Se eu fechar os olhos você aparece e me pergunta se estou bem, só pra mim balançar a cabeça negativamente e deitar no seu peito.
Quero cafuné.
Muitas pessoas gostariam de um chocolate quente mais para mim algum segurando minhas mãos sentado comigo aqui já bastava para me tirar um sorriso dos lábios.
Meus defeitos estão jogados sobre a mesa hoje, qualquer um pode pega-los e joga-los contra mim. Quem sabe alguém até goste mais de  mim por isso, afinal quem saiba essa seja a verdade sobre ser verdadeiro.
Quem saiba quando você abrir a porta ela não esteja mais trancada, quem sabe eu não esteja mais na cama, quem sabe eu já tenha começado a sorrir, tenha preparado uma tigela com morangos e sentada na mesa ao lado de algum caderno esteja escrevendo algo pra você, mais talvez, talvez eu não exista, talvez meus defeitos tenham me feito desaparecer, mais naquele caderno com folhas ainda em branco tem algumas no meio, cheia de palavras,  e em cada delas o que sinto por você me torna real dentro
do seu coração.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A marionete imcompreendida, em choque

Quase sempre fui a irmã que demonstrava menos ciúme aqui em casa. Por hora, fui desenvolvendo a habilidade de persuasão. Ir atrás, conseguir o que quer que fosse, da minha maneira dócil e irrequieta. Sem usufruir de argumentos ciumentos ou chantagistas como manivela. Simplismente eu era a criança graúda bem desenvolvida, falante e tagarelam que mexia uns pauzinhos aqui, falava com mamãe, depois o papai e por último, vovó e ia conseguindo pelas beiradas, nos escanteios, pequenas vitórias e aspirações. Desenrolava as tramas ligando como podia as situações, os ambientes e as pessoas certas, e quando me dava por conta, toda trama já estava feita.
(Mal)Acostumada a conseguir o que almejo, é que me injetam toda essa burocracia na veia. Com direito ao jejum e desprazer pelas minha paixões literárias e de estética criativa. Colhendo os frascos de verdade e sangue que me fazem quase como sacrifício, e não mais vacina ou posologia. Projetam em mim alguns planos inacabados, projetos de vida mal-sucedidos, sem nem olhar na minha cara e ver que no chão, escorrendo desse choque aterrorizante, se encontra uma poça subjetiva de criatividade nada inaproveitada, à deriva. Perdendo a minha juventude, e abrindo um espaço quase cármico ao complexo, à infelicidade e à morte lenta da pessoa entusiasta e otimista, que agora aos poucos, vou deixando de me tornar. É tanta criminalidade e seriedade que acabo criando uma face cética que nunca me vi tendo. Assusta, é fato. A posição que me encontro é complicada, e sei que mil, milhões de outros jovens ou pessoas carregam o mesmo dilema dias à dentro. E cansa, cansa bastante. Aquela hipocrisia toda, de não poder abrir a boca para dizer coisa alguma, e esperar que notem o seu desespero e a sua dor, lendo artigos que não entram na cabeça e nem tocam a alma, ouvindo cadeiras entediantes e tão regradas que parecem impossíveis de colocadas à posta, em marcha. Vivendo toda uma vida que pensei poder dar certo e não me cabe, serve para outra pessoa apenas. Ser essa marionete sem vontade própria, submissa às expectativas que outras pessoas moldam na minha existência humilde, que queria só um apartamente e viajar pelo mundo!
Cansada dessa mistificação monetária em demasia e da prometida estabilidade futurística, que não condiz com meu espírito libertário e inovador, mundano..Tanto, tanto estudo devia trazer felicidade, e vejo apenas rostos pálidos, plácidos e de palavras difíceis me apresentando e abrindo portas que quero ter a chance de poder fechar, caso queira. E me mover de acordo com a música, como o corpo mandar e direcionar, no caminho absoluto da felicidade, e inverso aos valores obsoletos e infelizes de que a alegria chega, através do dinheiro. Diz um velho amigo meu, que visito diariamente: faz bem aquele que gosta do que faz. Sabendo bem o que não quero, e tendo simpatia por alguns cursos, algumas habilidades exercidas, descubro aos poucos a minha função nesse mundo louco e que gira com velocidade muito maior do que a imaginada.

Amorfílica

É nessas horas de raiva suprema, de ferida que não sara, casquinhas que se abrem e trechos sacolejantes, um passo e um ladrilho que balança, nunca firme, que não termina, e a vontade de escrever me toma antes de qualquer necessidade fisiológica, física ou peculiar. Falar já se tornou cansativo, e ouvir os mesmos conselhos, os avisos de "eu te avisei" é a única coisa que abomino, e não tenho necessidade, agora. Acontece que a principal pessoa a enxergar, sentir, capaz de proteger as ilusões, essas tentativas que mesmo intuitivamente sabendo furadas, acreditamos contaminadas - cheias de romances com finais felizes - somos nós; depois de percalços cheios de pedregulhos e penar como que com uma cruz nas costas, arranhando qualquer perdão voluntarioso, pesando enquanto se tenta caminhar rumo à solidez a gente acaba se dando conta de que tudo isso que sucedeu, esse tempo todo de chances, desculpas aceitas, esfarrapadas e pela metade, foram pura enganação. Iludir à si mesmo, enfeitar o real com rosa, purpurina e fita mimosa. Não notando que tudo degringola, e se deforma por conta dessa visão que não condiz à realidade.
Uma cega que exita em ver, apalpar a realidade e esquecer na estante os contos dos Irmãos Grimm ou os filmes da Disney. E que Deus propaga o perdão, a aceitação do erro, essas teorias de que rancor faz mal pro coração, na fisiologia humana. Sendo que quase todas as vezes em que disse sim, guiada pelo sentimento e a cabeça sendo esquecida, intocada, poucas foram reaproveitadas. Raras, com felizes para sempre. E cansa ser assim ingênua, fervorosa. Vontade de desaprender a digitar, ler, ou ouvir. Lembrar dos conselhos velhos de papai que homem gosta de sofrer, não presta e nem merece ser ouvido. Pisou na bola, é contra-ataque.
Uma fadiga de ser eternamente depositada de litros de uma compaixão imperecível, um estigma de bondade para voltar em triplo e me deixar ser assim molestada, usufruída, desfrutada; afetivamente. Essa auréola visível e que apóstolos de Lúcifer, Satã quem sabe, insistem em tentar retirar e me tatuar algum símbolo de maldade, pessimismo. Partícula de sanguínea, que exala no ar o cheiro da caça, da dor, e da humanidade, para que vampiros sugantes de alma, carinho e leveza me encontrem, feito GPS. Num beco sem saída, sinuca de bico, encruzilhada sem escape e passagem-secreta. E sofro, voltando a me fechar num luto interno, com demoras para recuperação de auto-estima, mil livros e sapatos, em forma de recompensa à esses traumas.
Pressentimentos inaproveitados, onde eu sabia que cairia pela trigésima vez nessa vala funda, e ainda assim quis arriscar, ver aonde ia parar, tentar sair por cima e como mulher equilibrada; todos os ensinamentos em mente, não dando vantagem ao erro, e nem sequer possibilidade. E na verdade, ou se cai bem fundo, tão fundo que não tem volta; e sim, fundição, conexão feita e sucesso êxito. Ou ainda, é apenas mais uma das chances, a tal benevolência, que precisa ser gasta e não encontra indivíduo, objeto, e tento fazer crescer: seja você, ou a nossa situação sem pé nem cabeça. Lugar preenchido, ainda na sua presença, a falta, a falta, a falta.